Ready Player One – Um mundo virtual para escapar a uma realidade cruel

Como este fim de semana foi a Páscoa, nada melhor do que ver um filme com uma Easter Egg Hunt. Viram a piada que fiz aqui? 😀

Uma história criada por um Nerd para outros 🙂 Apesar de eu não reconhecer muitas das referências no filme, por serem dos anos 80, ou por eu não ter jogados os jogos em questão, outras mais recentes vão aparecendo e despertando a nossa atenção para o que se passa na zona envolvente à cena principal.

Se gostam de um filme de aventura, ação e ficção científica, ou então se são gamers, ou simplesmente gostam de um filme imersivo, então este filme é para vocês.

O filme


Realizador: Steven Spielberg

Origem: Foi o primeiro livro escrito por Ernest Cline, com o mesmo título e foi lançado em 2011.

Género: Aventura, ação e ficção científica

Ano: 2018

Duração: 140 minutos

A história


Tudo se passa em 2045, o mundo está com uma enorme escassez de recursos, devastado por conflitos, literalmente à beira do caos.

Para escapar a esta realidade dura, a humanidade passa os seus dias numa realidade virtual, OASIS, um mundo onde as pessoas podem ser o que quiserem e fazer o que quiserem, os limites são a sua própria imaginação.

Acompanhamos a história de Wade Watts, cujos pais morreram e este vive numa especie de favela com a tia, ao longo do filme podemos ver que as pessoas desligaram-se completamente desta realidade e passam os seus dias no OASIS, saindo apenas para as necessidades basicas de comer e dormir.

Quando o criador do OASIS morre, James Halliday, deixa uma imensa fortuna e total controlo da sua empresa à primeira pessoa que vencer o desafio que este criou para encontrar um herdeiro merecedor.

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Quando Wade vence a primeira fase desta caça ao tesouro virtual, juntamente com os seus amigos – apelidados de Top Cinco – são arrastados para um fantástico universo de descoberta e perigo para salvar o OASIS e o seu mundo.

A minha opinião


Nos dias que correm, em que o mundo não está nem perto do que vemos retratado no filme, já temos esta enorme vontade de escapar à realidade, nem que seja só por uns momentos, seja porque estamos cansados dos estudos, trabalho, a nossa rotina ou simplesmente para termos uma experiencia diferente.

Aviso que pode conter spoilers daqui para a frente.

Atualmente já existem imensas pessoas que passam grande parte dos seus dias a jogar, entrando numa realidade diferente e se já fosse possível entrar no modo de imersão completa no jogo como vemos no filme, é certo que muitas destas pessoas iam viver como lá vemos.

Durante o filme deu para sentir aquela adrenalina de imaginarmos, ou até mesmo querermos estar ali naquele mundo e imaginarmo-nos como um dos Top Cinco,  Parzival, Art3mis, Aech, Sho e Daito.

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Resultado de imagem para halliday anorakParzival, Art3mis e Aech acabam por ter mais tempo de antena, mas a participação do Sho e do Daito foi muito importante para atingirem o objetivo.

Gostei bastante da ideia do criador do jogo, ter feito 3 desafios para incentivar os jogadores a descobrir um pouco mais sobre ele e de certo modo os alertar para não cometer os mesmos erros que ele cometeu na vida real.

O avatar do Halliday, Anorak, faz-nos lembrar um velho mágico, um pouco como o Gandalf do Senhor dos Anéis, com aquele ar sábio é o avatar adequado ao criador daquele mundo.

Resultado de imagem para sho ready player oneE claro, como em todos os filmes do género, tem de haver o mauzão, que neste caso é uma entidade, IOI, governada pelo Sorrento, em busca do controlo total sobre o jogo e de todas as ações.

É a personificação ideal do tipo de pessoas que o Halliday não queria que obtivesse o prémio final.

Adorei a descoberta de quem era o Curator, o amigo do Halliday, fez todo o sentido e criou o elo de ligação da correção dos erros que o criador do jogo fez e que não queria ver repetidos.

Acho que a ideia de podermos ser quem quisermos e fazer o que quisermos é apelativa a toda a gente, mas a mensagem importante que temos de tirar é a de que não podemos deixar de ser quem somos e podemos melhorar para atingir isso, sem perder o contacto com a realidade.

Há várias outras mensagens que podemos tirar, mas acho que essa é a mais importante, principalmente porque o mundo está em constante evolução e esta é uma possibilidade para o nosso futuro, cabe-nos a nós impedir que a nossa realidade chegue a este estado.

Para os Nerds mais aficcionados ou simplesmente curiosos, deixo aqui um video do autor do livro, em que explica quais os jogos que aqui foram mencionados.

Espero que tenham gostado. Deixo este post com uma música que acho que se enquadra perfeitamente com toda esta história, em que “vivem” num mundo imaginário.

Até à próxima 🙂

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